O Palacete da São Silvino

O Palacete da São Silvino

Gosto de chamar esta casa tão elegante de “O palacete da São Silvino”. Não chega assim às opulências jafetianas da Bom Pastor (nem precisava!), mas tem a sua grandeza, e que grandeza.

A fachada alcança mais de dez metros de altura, com o formato de um chapeuzinho ao alto, no cume, como enfeite. Há também um detalhe decorativo em cima que dá a ver azulejos antigos do tipo portugueses, mergulhados na fachada.

O balcão (breve sacada) é uma atração à parte, redondo, cuja base tem o formato de uma vieira, a concha do mar do logotipo da Shell (muito mal comparando). O conjunto tem o acompanhamento de uma janela veneziana de madeira, pintada na cor branca.

A porta de entrada, que dá direto para o abraço da rua, na verdade, um portão, é arredondada no alto e encimada por um telhadinho sutil qual sobrancelha.

O balcão em forma de concha

Sei que ali vive gente, outro dia mesmo tomei coragem e toquei a campainha, um rapaz me atendeu. Então desferi uma série de perguntas que deve ter assustado o moço, porque ele logo apareceu ao portão, cabreiro, para ver o que se tratava.

A curiosidade mata o gato, mas o gato tem sete vidas, como se diz.

O Palacete da São Silvino é mais um espécime arquitetônico ipiranguista que pede a devoção da gente.

Pois, da próxima vez que o vir, vou juntar as mãos em oração e pedir muita vida para ele, O Palacete da São Silvino. Que nunca lhe faltem amor e zelo.

Uma porta que é uma obra de arte